Alguns itens como o óleo do motor, luzes, palhetas, pneus, podem ser verificados pelo próprio motorista, outros, apenas por um profissional
O Carnaval está chegando, o período de festas é um dos poucos de folga no primeiro semestre deste ano. Com praticamente nenhum outro feriado prolongado nos próximos meses, muitas pessoas aproveitarão para pegar o carro e viajar durante os dias de folia. Mas como em qualquer outra data, ao “cair” na estrada, não deixe de conferir o veículo.
Alguns itens, como o óleo do motor, as luzes de direção, palhetas, pneus, podem ser verificados de forma rápida pelo próprio motorista. Outras, como pastilhas de freio, suspensão e bateria, devem ser avaliadas por um profissional. A melhor dica é, sempre antes e depois de pegar a estrada, fazer uma revisão completa no carro.
Um dos itens mais importantes é o óleo do motor. O fluído é de vital importância para o melhor funcionamento da caixa de força do veículo e tem dois prazos, um de validade, outro de quilometragem rodada. Se algum deles for atingido no meio da viagem, o ideal é antecipar a troca, ou se estiver com nível baixo ou coloração estranha.
“O motorista precisa estar atento à quilometragem do veículo desde a última troca de óleo. A cada 10 mil quilômetros é recomendável, pelos fabricantes dos produtos, realizar a substituição, mas é importante se lembrar das instruções no rótulo do produto. Além disso, sempre quando abastecer, verificar o nível do óleo do motor”, explica José Debiasi, diretor de novos negócios e marketing da ON Petro, distribuidora de combustíveis paranaense.
Sobre o óleo, Debiasi aponta quatro sinais que o próprio motorista pode verificar: se o mesmo está sujo, se há ruídos estranhos no motor, verificar as luzes do painel e observar a aceleração e a marcha do veículo.
Quanto mais o óleo é usado, quanto mais quilômetros o veículo funciona com o mesmo fluido, ele escurece, e esse é um dos sinais para que o motorista ligue o sinal de alerta. O uso excessivo também pode prejudicar o motor, gerando barulhos diferentes do normal. Ao ligar o carro, verifique se os ruídos são sempre os mesmos ou se há algo de novo, com uso prolongado do lubrificante, aumenta a dificuldade para que ele circule pelo propulsor.
Da mesma forma que os ruídos do veículo, o motorista precisa sempre estar atento às luzes do painel, se estão todas ligadas ou desligadas conforme o funcionamento normal e corriqueiro do motor. Além disso, com o óleo vencido, a lubrificação do motor e de suas peças fica comprometida, o que pode afetar o desenvolvimento da aceleração e prejudicar o contato suave entre as peças, o que resulta em atrito e vibração do propulsor.
Outro equipamento que o próprio motorista pode verificar são as palhetas. Basta olhar se as borrachas não estão ressecadas, muito comum após um grande período de seca. Ou ainda, em momentos como o início do ano, onde as chuvas são mais comuns e intensas, se elas não estão limpando a água corretamente. Além de fácil verificação, as palhetas também têm instalação simplificada, podendo ser feitas por qualquer pessoa.
As lâmpadas também são ainda mais fáceis de verificar do que as palhetas, mas para a troca, o correto é levar em um mecânico eletricista. Basta ligá-las e olhar se alguma está queimada ou com luminosidade baixa, no caso dos faróis. Lembrando que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas queimadas é infração média.
Os pneus também são de fácil verificação. Basta analisar cada um, além do padrão visual, todos contam com o indicador de desgaste da rodagem (TWI) dentro da banda, é uma espécie de lombada, que se estiver na mesma altura do composto, significa que o pneu está “careca” e precisa ser trocado. Além de riscos de acidentes, andar com eles neste estado, é considerado uma infração grave pelo CTB.
Já os amortecedores e suspensão e pastilhas e discos de freios precisam ser analisados por um profissional, que indicará se o componente precisa, ou não, ser substituído. Segundo a Marelli Cofap Aftermarket, o conjunto de suspensão precisa de revisão periódica, pois o desgaste natural de seus componentes internos pode não ser percebido pelo motorista. Além disso, as peças têm vida útil de acordo com o uso do veículo.
Ao contrário do conjunto de amortecedores e suspensão, as pastilhas – e os discos – de freio dão sinais de que não estão funcionando como deveriam. Ruídos e chiados ao acionar o freio indicam que é hora de substituir o componente. Além disso, o profissional pode verificar o nível de desgaste e apontar qual a vida útil restante das peças, indicando se há necessidade de realizar, ou não, uma troca antes de pegar a estrada.
As baterias dão indícios de que estão chegando ao fim da vida útil, como dificuldade em dar a partida no motor, oxidação nos terminais e acendimento da luz de alerta no painel de instrumentos são sinais evidentes de que a bateria deve ser verificada imediatamente por um profissional, que indicará se o componente precisa de uma troca imediata ou quanto tempo ainda tem de vida útil.
Fonte: diariodopoder
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